terça-feira, julho 19

Cor ...


Cor: Camaleão ...
Olho-me e a resposta do espelho
é diferente  a cada olhar repetitivo que faço.
Nunca tenho uma imagem idêntica,
há sempre cores que divergem entre si.
E nem sempre que é a cor dos cabelos que muda a cada pintura.
Também não é a cor dos olhos que pintam
em todos os arco-íris que aparecem no céu
e nem é a minha pele que está diferente
em cada tom de verão.
Olho três vezes no espelho
e o reflexo sempre diverge.
Há mudanças, há vários reflexos.
Cor: Camaleão.
Já não procuro respostas nem identidades ...
Sou camaleão adaptável
em labirintos sem saídas.
Sou arco-íris de saudade
com paredes em tons amarelados.
Diversidade em reflexos.
Rasgo em minha pele
as mudanças de minha cor,
dos sonhos que trago em mim.
Sou camaleão nos reflexos de espelhos ...
Olho-me e encontro várias respostas .

(texto: Suzana Martins
foto: Ornella Sessa)



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